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sábado, 7 de setembro de 2013

Reality Show no Brasil - História, Melhores e Piores

Olá, sejam bem-vindos ao Blog Mundo Mídia! E hoje vamos falar sobre os reality shows no Brasil. O primeiro grande reality show que fez o Brasil parar para assistir foi o No Limite, produzido pela Rede Globo em 2000. Inspirado no estadunidense Survivor, o programa contava com 12 participantes, 6 de cada sexo, deixados em um local inóspito do território brasileiro, divididos em duas equipes, que passavam por vários testes de resistência, provas e conviviam na floresta. O programa que era exibido aos domingos após o Fantástico e apresentado por Zeca Camargo chamou a atenção do grande público e chegou a alcançar 50 pontos de audiência, o que levou a emissora a produzir mais duas temporadas, ambas com menor repercussão, mas ainda assim com índices satisfatórios de audiência, na casa dos 30 pontos. As equipes recebiam um kit básico para se virar e a equipe que perdia a grande prova da semana eliminava um de seus participantes. Eles tinham que escrever num papel o nome do escolhido e justificavam o porquê. Foi aí que começamos a ouvir o tal de: "Vou votar em fulano, não é nada pessoal, mas..." Alguns momentos inesquecíveis foram o famoso banquete onde os participantes precisavam comer as coisas mais horrendas, entre elas, olhos de cabra. Outro momento que destacamos foi o fim da primeira temporada com a vencedora Elaine, a participante acima do peso que venceu todos os outros competidores, levou o prêmio de 300 mil reais e hasteou a bandeira com os elementos usados ao longo do programa.


Acabou o dinheiro? Acabou, mas eu sei trabalhar, meu marido também. A casa da gente é feliz, tem harmonia, tenho minha mãe, meus irmãos, minhas filhas com saúde. Dinheiro não é tudo. Foi ótimo? Foi. Mas a experiência valeu mais do que os R$ 300 mil. - Elaine Cristina Cosmo de Melo, vencedora do No Limite 1
Em 2001, Silvio Santos inovava ao apresentar a Casa dos Artistas, uma espécie de Big Brother só que com famosos. O reality foi uma novidade e chamou a atenção dos veículos de comunicação e dos telespectadores, o que fez o SBT liderar nos domingos, indo de 33 pontos à 55 pontos de audiência na grande final, deixando a Globo e o Fantástico com míseros 10 pontos no Ibope.
A Globo que tinha comprado o formato do Big Brother entrou na justiça para proibir os direitos de exibição de programa, o que fez o programa ficar dois dias fora do ar, até Silvio Santos conseguir dar um jeito nessa confusão. Foi na Casa dos Artistas que conhecemos o primeiro casal em um reality show, o cantor Supla e Barbara Paz, que foi a grande vencedora da primeira edição. Conhecemos também os outros tipos e estereótipos que ficariam famosos nas edições do Big Brother Brasil: o vilão, o chato, entre outros. Casa dos Artistas teve ainda mais três edições sem o mesmo sucesso da primeira, sendo que a terceira edição, trazia como confinados o artista e um fã e a última intitulada "Protagonistas de Novela", virou uma espécie de escola de dramaturgia em busca de novos atores.


Para mim foi um marco em minha vida. E o grande público acabou me conhecendo. Já era atriz de teatro, mas só o publico paulista me conhecia. Tudo isso aconteceu há 13 anos, de lá para cá fiz sete peças de teatro, três novelas no SBT, estou na terceira novela na Rede Globo e muito feliz. - Barbara Paz (A Edith de Amor à Vida), vencedora da Casa dos Artistas 1
A Globo não esperou muito e em 2002, estreava a primeira edição do Big Brother Brasil, com seus 12 participantes, colocados numa casa e vigiados 24hs por dia, mas tendo como diferente da Casa dos Artistas que seus competidores eram anônimos. O bbb como ficou conhecido, foi um sucesso de audiência e já teve 13 edições, sendo exibido anualmente desde 2003. Pedro Bial e Marisa Orth eram os apresentadores da primeira edição, mas Marisa saiu logo na primeira semana, devido a gafes cometidas, como quando ela revelou quem seria indicado ao paredão pelo líder da casa, antes do próprio líder. A direção percebeu que ela e Bial não combinavam juntos na apresentação do programa e deixou somente o último com o encargo, o que foi uma escolha acertada.
Kleber Bambam, que no começo do programa era tido como chato e se tivesse sido indicado para o Paredão, logo teria sido eliminado, conseguiu virar o jogo e se tornou o queridinho do público, após criar sua boneca Maria Eugênia e chorar feito um bebê quando a mesma desapareceu, o que o fez levar para casa o prêmio de 500 mil reais, que na última edição já é de 1,5 milhão.
Desde então, a criatividade do diretor Boninho, fez com que o reality mesmo perdendo audiência a cada ano, se tornasse um sucesso de anunciantes e revelasse famosos que estão até hoje na mídia, como Sabrina Sato do programa Pânico na Band e Grazi Massafera, que virou atriz. Ainda em 2002, o SBT produziu o Popstars, uma espécie de show de calouros, onde os candidatos são submetidos a avaliações, mas em busca de uma banda. O grupo formado no programa, o Rouge, fez um grande sucesso, com hits como "Ragatanga". Uma curiosidade é que a cantora e atriz Marjorie Estiano, participou do programa. Em 2003, o canal produziu a versão masculina e formou a boyband Br'oz.


No mesmo ano a Globo estreava o seu Fama, a versão brasileira de "Operación Triunfo", também nos moldes de um show de calouros, mas em busca de somente um vencedor. Apresentado por Angélica e Tony Garrido (que saiu na terceira edição do programa), o programa também inovou, mas os seus vencedores não fizeram tanto sucesso (A primeira vencedora foi Vanessa Jackson) quanto os outros participantes que foram eliminados, como o caso da cantora Luka, do hit "Tô nem aí", que se inscreveu, mas não passou nas audições ou de Mariana Rios, Marina Elali e o do cantor Thiaguinho.
Não me arrependo de ter participado do ‘Fama’. Lamento só não ter tido a ajuda de alguém muito poderoso. Pensei que continuaria, com a Globo me apoiando, cantando trilhas de novelas da emissora, já que ganhei um programa da casa. Se você não tem sorte como teve o Thiaguinho, só é mais um que fez sucesso por 15 minutos. - Vanessa Jackson, vencedora do Fama 1
Em 2002, o SBT também estreou o reality Ilha da Sedução, que lembra o Teste de Fidelidade dos programas do João Kleber. Apresentado por Babi Xavier, o programa mostrava quatro casais em uma ilha paradisíaca, rodeado por homens e mulheres solteiros que tentavam os casais para ver qual seria o casal que trairia primeiro. O reality não deu certo no Brasil e não foi bem recebido pela audiência e entrou para o time dos reality shows que as emissoras querem esquecer. Já em 2003, o SBT lançava O Conquistador do Fim do Mundo, apresentado por Celso Portiolli e que era uma competição entre cinco países (Brasil, Chile, México, EUA e Equador), onde cada país era representado por uma equipe de 12 pessoas, sendo seis homens e seis mulheres. Com esportes radicais como rapel, canoagem e ciclismo, o objetivo era atravessar 12 percursos, entre montanhas, matas, rios e alcançar um farol no extremo sul do continente, localizado na Patagônia, Argentina, o "fim do mundo". Fracasso de audiência. E não paramos por aí, tivemos milhares de exemplos assim, como os Casa dos Desesperados, que estreou em 2002 na TV no programa Festa do Mallandro, de Sergio Mallandro, que reunia seus participantes dentro de um minúsculo apartamento concorrendo ao prêmio de R$ 1.000 e uma cesta básica. O programa mesmo sendo trash, chegou a ficar em 2º lugar no ibope. Tivemos também em 2002, o Apartamento das Modelos, exibido pela Rede TV! e apresentado por Nelson Rubens, que mostrava oito modelos em um apartamento por 30 dias, mas como tinha pouca verba, cotidiano delas era filmado apenas com uma câmera, operada pelo cinegrafista, que também era roteirista e diretor do programa. Os prêmios foram uma moto e um ano de contrato com a agência Mega.
Mais recetemente em 2010, tivemos o Busão do Brasil, produzido pela Band, inspirado no formato do programa The Bus, da Endemol, que mostrava 12 participantes em um ônibus 24hs por dias, passando por várias cidades do Brasil e fazendo provas e tendo 1 milhão de reais como prêmio para o grande vencedor. A eliminação não mandava para paredão, mas sim para lama. E tivemos em 2011, A Casa da Ana Hickmann, onde 10 participantes, todas mulheres, em uma suposta casa da apresentadora disputando gincanas, para receber o prêmio de ser a nova repórter do programa. Atualmente estamos assim, repletos de um boom de reality shows em todos os canais, alguns criativos, outros toscos. Não podemos deixar de citar ainda os criativos, O Aprendiz e Troca de Família da Record. Onde o primeiro busca um funcionário para o publicitário Roberto Justus (que em 2010 e 2011 chegou a ser comandada por João Dória Junior) e onde aprendemos a famosa frase: "Você está... demitido." E o Troca de Família, que é a versão brasileira do Trading Spouses, da Fox, onde duas mães totalmente diferentes trocam de lugar por uma semana. Alguns ajudaram a aumentar a audiência de alguns programas, como o Dança dos Famosos no Domingão do Faustão ou o Amor a Bordo e Acorrentados (que teve sua música de abertura criada e gravada pelo cantor Supla) no Caldeirão do Huck, onde durante uma semana, um rapaz (teve a versão feminina também), ficava acorrentado em 6 moças (e tinham que fazer tudo juntos) e a cada dia ia eliminando uma até escolher seu grande amor.
Para terminar não podíamos deixar de citar alguns: Super Nanny, para educar crianças pestinhas e mal educadas; Ídolos, que foi do SBT e agora é da Record, que busca uma revelação musical; O inútil e fútil Mulheres Ricas da Band, que mostra a vida de mulheres brasileiras com alto poder aquisitivo; O sensacional The Voice, que valoriza apenas a voz de um competidor, não julgando a sua aparência ou performance de palco. O reality também tem como diferença de outros programas similares ter um artista pronto e não moldá-lo; Simple Life: Mudando de Vida, que mostrava duas socialites em situações diferentes das que estão acostumadas a fazer, 40 dias na cidade interiorana de Analândia, sendo as protagonistas Karina Bacchi (atriz, modelo e apresentadora) e por Ticiane Pinheiro, (atriz, modelo, apresentadora e filha de Helô Pinheiro); E A Fazenda, a espécie de Big Brother rural com famosos; Entre outros, desde reality show de gordinhos emagrecendo ao Medida Certa do Fantástico à outros como o Menino de Ouro em busca de uma nova estrela do futebol ou de UFC.
Ficamos por aqui, não perca nossa próxima postagem!
Por: Rodrigo Fonseca - Equipe Mundo Mídia

8 comentários:

  1. Legal, o Blog abordou bem o tema e ao meu ver englobou a grande variedade que existe na mídia, expondo não só a definição mas também como surgiu tal programa, Parabéns.

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  2. Foi uma reportagem bem completa, mas poderia ter escolhido um assunto mais interessante.

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  3. Eu, particularmente não gosto dos BBB's da vida, mas gostei bastante do No Limite.

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  4. Há muito tempo não vejo um blog q fale de algum assunto sem se perder em si próprio, tema bem abordado e "completo"... Muito bom!

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  5. muito bom rodrigo parabéns é bom sempre rever historias que marcaram epocas

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  6. Muito Bom cara, parabéns

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